Para Pilar del Río, viúva de José Saramago, a obra do escritor português “Ensaio sobre a lucidez”, de 2004, antecipa o que está a acontecer em alguns países árabes.
“Saramago disse sempre que o poder da cidadania é único poder legítimo. Foi antecipatório de muitas coisas que estão a acontecer agora nos países árabes”, disse Pilar aos jornalistas durante a sua participação no Festival Internacional de Cinema de Guadalajara, que exibe o documentário “José e Pilar” fora da competição.
Em “Ensaio sobre a lucidez”, José Saramago escreveu a história de um povo que nas eleições do seu país optou por votar em branco, surpreendentemente e sem ter dado qualquer sinal prévio de que isso fosse acontecer. Não satisfeito com os resultados, o poder político convoca novas eleições e os votos em branco repetem-se, levantando assim as suspeitas do governo que decide desencadear uma vasta operação policial para descobrir de onde surgiu o movimento. São questões sobre a democracia e as ditaduras que Saramago levanta e que Pilar del Río acredita serem reflexões da realidade dos dias de hoje.
Jornalista e tradutora da obra de Saramago, Pilar defendeu em Guadalajara que o escritor não foi um visionário, mas sim um intelectual que, à custa de muita reflexão e observação, conhecia muito bem as falhas do mundo.
“Era um homem que pensava, que via o mundo e sabia onde estavam as suas falhas, ele sabia que não havia uma crise económica mas sim moral e que por isso vamos demorar muito tempo a conseguir sair dela”, contou Pilar sobre o Prémio Nobel da Literatura.
Pilar del Rio esteve a promover o documentário que retrata a vida do escritor e da relação de amor e trabalho que tinha consigo, acompanhando o casal na escrita e na divulgação do livro "Viagem do elefante”.
Em “Ensaio sobre a lucidez”, José Saramago escreveu a história de um povo que nas eleições do seu país optou por votar em branco, surpreendentemente e sem ter dado qualquer sinal prévio de que isso fosse acontecer. Não satisfeito com os resultados, o poder político convoca novas eleições e os votos em branco repetem-se, levantando assim as suspeitas do governo que decide desencadear uma vasta operação policial para descobrir de onde surgiu o movimento. São questões sobre a democracia e as ditaduras que Saramago levanta e que Pilar del Río acredita serem reflexões da realidade dos dias de hoje.
Jornalista e tradutora da obra de Saramago, Pilar defendeu em Guadalajara que o escritor não foi um visionário, mas sim um intelectual que, à custa de muita reflexão e observação, conhecia muito bem as falhas do mundo.
“Era um homem que pensava, que via o mundo e sabia onde estavam as suas falhas, ele sabia que não havia uma crise económica mas sim moral e que por isso vamos demorar muito tempo a conseguir sair dela”, contou Pilar sobre o Prémio Nobel da Literatura.
Pilar del Rio esteve a promover o documentário que retrata a vida do escritor e da relação de amor e trabalho que tinha consigo, acompanhando o casal na escrita e na divulgação do livro "Viagem do elefante”.
Fonte: http://www.publico.pt
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